Já se ensina putaria no primário

Já se ensina putaria no primário

A direção da Escola Estadual Luiza Batista de Souza, em Rio Branco, no Acre, reconheceu que errou ao deixar passar um palavrão em uma questão de uma prova de português aplicada, no dia 7 de outubro, a alunos do 4º ano. No final dessa terça-feira (29), a instituição divulgou uma nota na qual se desculpa pelo ocorrido e informa que houve um equívoco no momento em que o quadrinho da Turma da Mônica, com a palavra considera obscena, foi copiado da internet.
Na tirinha utilizada no teste, Magali e Cebolinha vão até um carrinho de vendas para comprar pipoca. Ao ser questionado sobre o que irá pedir, o personagem de cabelos espetados pede um saco da guloseima. Já a colega dele, conhecida por seu apetite insaciável, deveria pedir “todo o resto” que está à venda, como no desenho original. No entanto, na figura reproduzida na prova, ela pede “uma pica”, em referência ao órgão sexual masculino. tira prova acre Quadrinho da Turma da Mônica que foi utilizado em prova aplicada no Acre Foto: Reprodução/Escola Luiza Batista de Souza
“O erro, que a equipe escolar reconhece e assume com humildade, resultou de uma operação de ‘copiar e colar’ na internet. O original da referida prova, anexo, traz a tirinha original da Turma da Monica do escritor Mauricio de Souza. Ao acessar a internet, não se teve o cuidado devido de observar a versão que estava sendo copiada, cujo conteúdo é impróprio e não recomendado para uma
instituição escolar”, diz um trecho do comunicado. Além disso, o texto ressalta que a Secretaria Estadual de Educação (SEE) do Acre orienta as escolas da rede pública “para que tenham o máximo cuidado com a elaboração e revisão dos materiais destinados aos alunos para que não tenham erros conceituais, de interpretação dúbia ou conteúdos inadequados”. Assim que souberam sobre a questão com a tirinha, pais de vários alunos entraram em contato com a escola. A maioria dos responsáveis argumentou que, por causa de um erro básico, os alunos tiveram acesso à figura com apelo sexual. Já a assessoria de Mauricio de Souza classificou o  caso como “um descuido tanto com os alunos como com os direitos do autor”.